foto Maicon Siqueira Bontorin

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Correlação entre a Pressão Arterial Sistólica e Diastólica com o VO2máx em Escolares de Curitiba

Maicon Siqueira Bontorin; Thiago Silva Piola; Guilherme da Silva Gasparotto; Luis Paulo Gomes Mascarenhas; Rodrigo Bozza. 


INTRODUÇÃO

      Inúmeros estudos, ao longo das últimas décadas, têm sido direcionados a investigar os níveis de aptidão física em crianças(1). Nesse sentido, valiosas informações têm sido produzidas, o que tem contribuído sobretudo para a compreensão do funcionamento do metabolismo humano quando em exposição a esforços físicos, agudos e crônicos(2). Neste contexto, os indivíduos jovens com melhor aptidão cardiorrespiratória poderiam apresentar um melhor perfil de pressão arterial(1-3).
OBJETIVO
      Verificar a relação entre pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) com o VO2máx em escolares de Curitiba-PR.
MÉTODOS
População e Amostra       
     491 - Escolares de Curitiba, sendo eles 188 meninos e 303 meninas de 08 á 13 anos de idade.
Instrumentos e Procedimentos
        A medida da pressão arterial sistólica e diastólica foi realizada através do método auscultatório, utilizando um esfigmomanômetro aneróide e um estetoscópio marca BD. Para determinar o VO2máx foi utilizado o teste de 20 metros proposto por Léger(4).
Planejamento do estudo e estatística
      Para tratamento estatístico foi utilizada a estatística descritiva para apresentação dos dados e a correlação de Pearson para verificar a relação do VO2max com a PAS e a PAD. O nível de significância foi de p<0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela1. Análise descritiva das variáveis analisadas.


Tabela 2. Análises de correlação do VO2máx.







DISCUSSÃO
     O presente estudo investigou a correlação entre a aptidão cardiorrespiratória com a pressão arterial em crianças e adolescentes. Apesar da correlação encontrada ser bem baixa nas meninas, este resultado mostra uma tendência de diminuição da pressão arterial conforme o indivíduo possui uma melhor aptidão cardiorrespiratória. Esta pressão mais baixa é importante, pois indivíduos jovens com pressão arterial mais elevada, mesmo dentro dos padrões de normalidade possuem uma maior probabilidade de se tornarem adultos com a pressão arterial elevada, aumentando as chances de desenvolver um quadro de hipertensão(5).
CONCLUSÃO
     Através das análises de correlação não foi identificado resultado significativo para os meninos. Já nas meninas observou-se que as meninas que foram mais ativas e obtiveram uma relação significativa entre o VO2máx, a pressão arterial sistólica e diastólica, ou seja, quanto mais condicionadas eram as meninas menor era a pressão arterial.
REFERÊNCIAS
1. CARLETTI, L.; RODRIGUES, A. N.; PEREZ, A. J.; VASSALO, D. V. Resposta da Pressão Arterial ao Esforço em Adolescentes: Influência do Sobrepeso e Obesidade. Arquivo Brasileiro de  Cardiologia. V. 91. n.1. p. 25-30, 2008.
2. RODRIGUES, A. N.; PEREZ A. J.; CARLETTI L,.; BiISSOLI N. S,.; ABREU, G. R. The association between cardiorespiratory fitness and cardiovascular risk in adolescents. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro). v. 83. n. 5. p. 429-435, 2007. 
3.  MONTEIRO, M. F.; SOBRAL FILHO, D. C. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v. 10, n. 6, p.513 - 516 – Nov/Dez, 2004.
4. LÉGER, L. A. ; MERCIER, D. ; GADOURY, C. ; LAMBERT, J. The multistage 20-meter shuttle run test for
aerobic fitness. Journal of Sports Sciences, London, v. 6, p. 93-101, 1988.
5. DIN-DZIETHAM, R. et al. High blood pressure trends in children and adolescents in national surveys, 1963 to 2002. Circulation. Dallas, v. 116, n. 13, p. 1488-1496, setembro, 2007.